terça-feira, 6 de março de 2007

carolfagia

como o gozo de deus
ao comer sua maria,
como o ódio da gata
ao comer a sua cria,
por saber que você
eu jamais comeria;
e eu vomito o que sinto
por você que não mia.

como o ódio de deus
ao comer sua maria,
como o gozo da gata
ao comer a sua cria,
por saber que você
eu jamais comeria;
e eu vomito o que sinto
por você não maria.

o ceder de seu filho,
através da mulher,
é o poder para tê-la
como a uma qualquer.
o ingerir de seu filho,
não como uma qualquer,
a torna mais amante
do que aquela mulher.

apesar dos exemplos
de paixões tão comuns,
você insiste em negar-me
seus minutos (alguns).
como vê, meu amor,
o amor não existe.
vai deixar-me comê-la?
ou há outro que insiste?

3 comentários:

Anônimo disse...

A musicalidade de seus versos é deveras impressionante, poeta. Um ritmo contagiante aliado a palavras fortes e marcantes. Gostei.

Abraços do @poemasavulsos.

Bruno Ribeiro disse...

Legal demais seus poemas, Fábio! Uma perca e tanto para o grupo CAIXA BAIXA, enfim, é a vida, haha. Abraços.

quebrandoogenio.wordpress.com

Bruno Ribeiro disse...

Valeu mesmo, Fábio. Bruno Gaudêncio comentou q vc está por aqui, vamos reunir a galera e sair, com certeza o/
Vlw